"Nas Sombras da noite os penedos gigantes,
Mosqueando as quebradas,
Semelham vedetas, ou frades errantes,
Por ermas estradas...
Vestidos de musgo amarelo, cinzento,
à luz do luar,
Parecem ascetas de noite ao relento,
Piedosos a orar...
Alguns tão redondos, tão belos, cativos,
São contas de dor
Dispersas nas cristas dos montes altivos,
Dum terço de amor...
Perdidos na serra sem fim, sobranceiros,
Morenos,silentes,
Semelham castelos, castelos roqueiros
De fadas ausentes...
Montados sobre outros parecem galgar,
Despindo o granito,
A longa distância, etérea, sem par,
Do azul infinito!"
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